sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

DESTAQUE


Os dedos, miúdos, pressionam o corpo da caneta que desce com a ponta no papel e desenha letras, forma palavras, fecha uma frase e consolida um pensamento. Nada, ali, surge por um acaso. O menino escreve o seu jeito de encarar a vida: “Se Deus me abençoar, vou estudar muito e lutar contra a injustiça”.
O nome dele é Bruno Garcia Cardoso. O menino tem 10 anos de idade e é filho de Érica e Carlos. É o terceiro dos filhos do casal. O irmão mais velho, Cristiano, está com 24 anos. A irmã, Gabriele, tem 18 anos. Depois vem ele e em seguida o mais novo, Alexandro, com 4 anos de idade.
Bruno é aluno da 4ª série, turma C, na Escola Municipal Santos Dumont, do Jardim Riviera. Silvia Cândido Moraes é a professora do menino. A escola tem como diretora Sonia Maria Pedroso e como coordenadora Viviane Bergamin Fontequi.
Recentemente ele participou do 4º Concurso Pequeno Jornalista, promovido pelo Projeto Folha Cidadania, do jornal Folha de Londrina. Bruno e os colegas escreveram sobre o tema “Se eu encontrasse meu ídolo”. O Folha Cidadania chega a 10.300 alunos de 140 escolas de oito município: Alvorada do Sul, Cambé, Jataizinho, Londrina, Porecatu, Rolândia, Fênix e Tamarana.
“O meu ídolo é o Homem Aranha, um super-herói que defende o mundo contra o crime”, escreveu Bruno em sua redação, que foi uma de um total de 351 textos analisados no concurso. “Combate o mal, as drogas e protege as criancinhas”, acrescentou.
Bruno mora na Rua Antonio Dias Adorno. Diz que gosta de ler história. Escreve quando a professora pede. Confessa que, às vezes, também escreve a pedido da mãe. Bruno poderia ter escolhido um jogador de futebol como ídolo. Ou um cantor. Quem sabe um astro de cinema? Ou um galã de telenovela.
Afinal de contas, há muitas personagens que passam por vitrines e almejam ter meninos como Bruno na fila dos admiradores. E há ídolos que são de barro: ficam disformes quando sujeitos à intempéries.
Bruno optou por uma figura saída dos desenhos, ganhou versões animadas nos vídeos e virou cinema. Foi esse ídolo que o menino encontrou. Alguém que responda à necessidade de defender a justiça sempre, mesmo que não seja pulando de um prédio a outro, mas passando de casa em casa no universo do menino e de sua família. Por isso Bruno recebeu uma menção honrosa no concurso da Folha Cidadania.

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